Na sessão de encerramento do Projeto de Ação Social TINTAEDES, que aconteceu na última sexta feira do mês de julho, no Centro Comunitário “Nha Balila” Tira Chapéu e no bairro da Várzea, foi possível apresentar alguns indicadores promissores do projeto levado a cabo pelo Grupo de Investigação em Doenças Tropicais da UniPiaget (GIDTPIAGET) em parceria com o Instituto Nacional de Saúde Pública.
Neste projeto, foi utilizado 5240L de tinta inseticida. Foi possível pintar mais de 100 casas no bairro de Tira Chapéu e um pouco menos no bairro da Várzea. Dos bioensaios realizados com mosquitos vivos, após um mês da pintura das casas, se observou que a tinta é letal, com uma taxa de mortalidade de quase 100% dos mosquitos expostos nas paredes pintadas.
O objetivo do projeto foi de reforçar o controlo dos mosquitos transmissores de doenças (dengue, zika, paludismo) dentro das casas, para tal foi usada uma estratégia nova, as tintas inseticidas, a qual já está sendo usada em outras paragens e que tem mostrado ser mais segura e ter menos efeitos de degradação ambiental. Assim, este método surge como uma alternativa à resistência aos inseticidas que cada vez mais os mosquitos estão a desenvolver devido a má utilização e/ou uso abusivo dessas substâncias.
De realçar que este projeto nasceu de uma ideia lançada pela Fundação Canaria para o Controlo das Doenças Tropicais – FUNCCET, com quem o Grupo da Investigação da UniPiaget colabora já algum tempo. No final do ano de 2021, junto com outras entidades nacionais e internacionais, o projeto TINTAEDES foi submetido a um Fundo para financiamento de projetos de ação social do governo de Canarias. O projeto foi selecionado e executado nos meses de janeiro a julho de 2022.
Antes de iniciar com as pinturas das casas nos bairros de Tira Chapéu e Várzea, das zonas com maior foco de mosquitos transmissores na Cidade da Praia, 34 agentes comunitários receberam formação, tanto sobre o uso das tintas inseticidas como sobre os mosquitos transmissores de doencas e as infermedades que transmitem, capacitando-lles como agentes comunitários de saúde. Esta formação foi realizada pelo INSP, SITA e UniPiaget.
De referir mais uma vez que o projeto foi financiado pelo governo das Canárias, liderado pela FUNCCET, e desenvolvido pelas entidades colaboradoras de Espanha e Cabo Verde: Inesfly, Universidade 鶹Ƶ de Cabo Verde, Instituto Nacional de Saúde Pública, Delegacia de Saúde da Praia, SITA, CIMPOR, Associação Juvenil Black Panthers e Associação Unidos para o Desenvolvimento de Tira Chapéu.
Para além dos parceiros estavam presentes, como convidados: o Presidente da Associação Pró-Praia, José Pina, a Assessora do Ministério de Agricultura e Ambiente, Ligia Lopes, a diretora da escola Capelinha de Tira Chapeu, e o Vice-Reitor da UniPiaget, Dilson Pereira.
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